O Relatório de Acompanhamento Fiscal da Instituição Fiscal Independente (IFI), divulgado nesta quarta-feira (18), prevê alta de 1% no PIB, o dobro do último relatório, que estimava crescimento de 0,5%. Como razão para o otimismo, a IFI cita a melhora da atividade econômica e o efeito positivo das liberações de recursos do FGTS sobre o consumo das famílias no segundo trimestre.
Já para 2023, o relatório reduziu a estimativa de alta do PIB de 2,0% para 1,0%, influenciada por uma política monetária mais restritiva sobre o desempenho da demanda interna.
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A IFI também prevê que a inflação medida pelo IPCA deve atingir 7,9% em 2022 e 4,0% em 2023. Além disso, o órgão ligado ao Senado projeta que a taxa básica de juros, a Selic, encerre o ano de 2022 em 13,25%, diminuindo para 9,5% em 2023.
Cenário externo e eleições vão influenciar o dólar
Em uma projeção pessimista, com agravamento dos conflitos na Ucrânia e uma desaceleração mais aguda da economia chinesa devido à pandemia, o dólar pode chegar a R$ 5,57 no fim de 2022.
A taxa de câmbio elevada aumentaria o risco fiscal e manteria a inflação em patamares elevados, o que reduziria a perspectiva de crescimento médio do PIB de 2024 a 2031 para 1,3% ao ano.
Em um cenário otimista, prevendo arrefecimento dos conflitos externos e um processo eleitoral pacífico, haveria redução mais acelerada da taxa de desemprego e das pressões inflacionárias, devido à queda no preço das commodities. Nesse ambiente, o câmbio seria de R$ 4,70 por dólar até o fim do ano.
Além disso, entre 2024 e 2031, a taxa média de crescimento do PIB seria de 3,2% e a taxa real de juros caminharia para um patamar de 2,9% ao ano.