Bolsonaro entendeu que precisa mexer no PPI da Petrobras, diz Chorão

Wallace Landim, um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, disse que o aumento do diesel será repassado para o frete

Wallace Landim, Chorão, líder caminhoneiro
Foto: Reprodução/Facebook
Wallace Landim, Chorão, líder caminhoneiro

Wallace Landim, o Chorão, divulgou um vídeo criticando o aumento de R$ 0,40 no diesel, que passa a vale a partir desta terça-feira (10), e disse que os preços serão repassados para o frete. Landim é presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores) e um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018. 

No vídeo, o autônomo demonstra insatisfação com o reajuste, mas diz que o presidente Jair Bolsonaro passou a entender que precisa mudar a política de preços da Petrobras adotada em 2016, que obriga a estatal a seguir o mercado internacional.

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“Não podemos ficar quietos. Eu conheço e sei o que vai impactar na mesa do trabalhador no final, na prateleira. Na última fala do presidente ficou bem claro, que ele começou a entender que ele precisa realmente mexer no Preço de Paridade de importação. Uma estatal que teve um lucro de 3.400% no trimestre. Como brasileiro, eu preciso deixar muito bem claro para vocês: eu não sou da esquerda e nem da direita, eu sou brasileiro e caminhoneiro. Como brasileiro, nós precisamos fazer alguma coisa”, disse. 

Veja:

Em nota, a Abrava disse que o "fantasma da inflação voltou". A associação adicionou que quando o diesel sobe, “os produtos transportados pelos caminhoneiros vão subir no dia seguinte”, e que “os caminhoneiros não sobrevivem mais se não repassarem o aumento dos combustíveis para os fretes”.

A partir desta terça-feira (10), o preço médio de venda de diesel da Petrobras terá reajuste de 8,87% para as distribuidoras, informou a empresa na manhã desta segunda-feira. Esse é o terceiro aumento do ano e o primeiro do atual presidente da estatal, José Mauro Ferreira Coelho, que tomou posse em 14 de abril. Os preço da gasolina e do gás de botijão não terão alteração.

Sem poder mexer na política da Petrobras, o governo quer uma reaproximação com os caminhoneiros e estuda novas medidas para dar um alívio no bolso desses profissionais, no ano eleitoral.

Entre as propostas em estudo está a correção mais frequente da tabela do frete . Hoje a cada seis meses e ações para reduzir a burocracia e o custo para a categoria, com registro na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), emplacamento de caminhões e emissão da carteira de habilitação, além da contribuição previdenciária sobre o frete.