O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva focou o seu discurso, no ato de lançamento de sua pré-candidatura a presidente da República neste sábado (7), na defesa da soberania nacional e criticou a gestão da Petrobras e se se posicionou contrário à privatização dos bancos públicos e da Eletrobras, cujo processo de venda está em curso pelo atual governo.
Lula também ressaltou o "imenso legado" dos governos do Partido dos Trabalhadores e disse que pretende "colocar novamente o Brasil entre as maiores economias do mundo".
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia
“A Eletrobras foi construída ao longo de décadas, com o suor e a inteligência de gerações de brasileiros. Mas o atual governo faz de tudo para entregá-la a toque de caixa e a preço de banana. O resultado de mais esse crime de lesa-pátria seria a perda da nossa soberania energética. Defender a nossa soberania é defender também a Eletrobras daqueles que querem o Brasil eternamente submisso
A fase inicial da fala foi toda dedicada à defesa da soberania nacional. Lula acusou o atual governo de fazer "desmonte na Petrobras e também se colocou contra a venda da BR Distribuidora.
"Defender nossa soberania é defender a Petrobras, que vem sendo desmantelada dia após dia. Colocaram à venda as reservas do pré-sal, entregaram a BR Distribuidora e os gasodutos, interromperam a construção de algumas refinarias e privatizaram outras (...) Nós precisamos fazer com que a Petrobras volte a ser uma grande empresa nacional, uma das maiores do mundo."
Lula voltou a dizer que a destruição da Petrobras penaliza os brasileiros com preços altos dos combustíveis e inflação.
“O resultado desse desmonte é que somos autossuficientes em petróleo, mas pagamos por uma das gasolinas mais caras do mundo, cotada em dólar, enquanto os brasileiros recebem os seus salários em real. O óleo diesel também não para de subir, sacrificando os caminhoneiros e fazendo disparar os preços dos alimentos. O botijão de gás chega a custar 150 reais, comprometendo o orçamento doméstico da maioria das famílias brasileiras.
Lula também se posicionou contra a venda de bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa, BNDES, BNB e Basa, criados para fomentar o desenvolvimento.
O petista ainda citou realizações de seu governo, como o Bolsa Família, o Luz para Todos e o Prouni:
"Tudo o que fizemos e o povo brasileiro conquistou está sendo destruído pelo atual governo. O Brasil voltou ao Mapa da Fome da ONU, de onde havíamos saído em 2014, pela primeira vez na História."