A União Europeia (UE) planeja reduzir a dependência de petróleo e gás russos em dois terços até o fim deste ano e cessar o uso até 2027, disse o comissário econômico do bloco, Paolo Gentinoli, em entrevista ao jornal italiano II Mensageiro. A Rússia é hoje o maior exportador de petróleo do mundo e o maior exportador de gás para a Europa.
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No início deste mês, a UE determinou a proibição da importação de carvão russo e avaliava incluir embargos ao petróleo no próximo pacote de sanções, dadas pela invasão à Ucrânia. A Rússia exporta 45% do gás natural, 45% do carvão e 25% do petróleo para a Europa.
Um eventual embargo ao petróleo russo afetaria de maneiras diferentes os países integrantes do bloco. Gentinoli disse que deve reduzir a previsão de crescimento econômico da UE. Estimativas anteriores apontavam para uma queda de 4%. As novas projeções devem ser divulgadas no dia 16 de maio.
Em razão do conflito no Leste Europeu, o FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu em 1 ponto percentual as estimativas de crescimento da zona do euro.
Apesar disso, o comissário econômico acredita que ainda é cedo para falar em estagnação, porque haveria "aspectos positivos" herdados do segundo semestre de 2021, como o baixo número de desempregados e o nível alto da poupança. Para ele, o principal fator a ser avaliado é a duração da guerra.