A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) informou nesta quinta-feira (21) que aprovou em assembleia o início de uma operação-padrão para pressionar o governo a atender as demandas da categoria. A corporação acusa o presidente Jair Bolsonaro de usar a PF como "ferramenta publicitária e de marketing político".
Segundo a nota obtida pelo jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, os policiais dizem que o governo tinha o combate ao crime e a corrupção como bandeira, mas os policiais afirmam não ter recebido qualquer recompensa "pelo esforço e sacrifício".
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Os policiais federais estão insatisfeitos com a ideia do Planalto de conceder reajuste linear de 5% para todos os servidores federais, ante a promessa anterior de privilegiar as categorias de segurança pública.
Em nota, além da operação-padrão, a PF aprovou indicativo de greve, e reivindica pagamento prévio de diárias em missões e informou que vai reduzir a produtividade.
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Veja a íntegra:
O ministro da Justiça, Anderson Torres, reuniu-se com dez representantes da categoria de servidores da Segurança Pública da União nesta segunda-feira (18) para discutir o reajuste salarial anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro e disse que o "martelo ainda não foi batido" sobre o percentual. O prometido às categorias era algo entre 16% e 20%.
Bolsonaro quer reverter crise
Acusado de descumprir acordo feito com policiais federais, o presidente Jair Bolsonaro precisou montar uma operação de emergência para tentar debelar crise com a categoria , considerada estratégica no seu plano de reeleição.
As reivindicações e o clima de revolta com o governo ameaçam a boa relação do presidente com um segmento que é um pilar eleitoral para ele. Desde o início do governo, as categorias policiais têm sido privilegiadas com várias concessões do governo