Os médicos peritos que trabalham no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão em greve há uma semana e o que já era difícil ficou pior: a concessão de benefício previdenciário, como auxílio-doença e Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas) para pessoas de baixa renda com deficiência, por exemplo.Um ponto importante a destacar: além dos médicos peritos, os servidores do INSS também estão em greve. No meio das paralisações está o segurado que, além de amargar pelo menos um mês para conseguir atendimento, tem que se deslocar longas distâncias e ainda corre o risco de "dar de cara na porta". Nos postos o trabalhador é orientado a reagendar novo atendimento.
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E é nesse ponto que surge mais um problema: o atendimentos está muito distante. Isso ocorre porque somente 30% da categoria permanece trabalhando, segundo a informações da Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP), e cada médico atende 12 pessoas por dia, o que não dá conta da demanda.
Procurados, o INSS e a Secretaria de Previdência e Trabalho não informaram quantos atendimentos deixaram de ser feitos nesse período e como será resolvida a questão dos agendamentos para os segurados. Fato é que essa situação pode se prolongar mais ainda. Segundo Francisco Eduardo Cardoso Alves, vice-presidente da ANMP, apesar da pressão, o governo não se dispõe a negociar.
"Estamos cumprindo a determinação do STJ e somente 70% das atividades estão paralisadas. A greve impacta todo o Brasil de forma uniforme e por ter maior demanda, Rio de Janeiro e São Paulo são os estados mais atingidos. O governo parece ignorar a população e não nos procurou para negociar nada ainda", afirmou.
Reivindicações de servidores
Entre as reivindicações dos peritos está a recomposição salarial de 19,99%, relativa às perdas com a inflação de 2019 a 2022; a fixação do número máximo de 12 atendimentos presenciais como meta diária para os médicos peritos; e a realização imediata de concurso público para o preenchimento de três mil vagas. Atualmente, existem 3.411 médicos peritos no Brasil. Desse total, 2.853 estão em atendimento em todo o país, segundo a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP).
Assim como os demais funcionários públicos, os servidores do INSS também reivindicam recomposição salarial de 19,99%, concurso público, condições de trabalho e valorização da carreira do Seguro Social, entre outros pontos.
Remarcação
O INSS tem orientado os beneficiários a remarcarem exames periciais e serviços, no caso de o posto estar inoperante por conta da greve. Em nota, o órgão explica que o agendamento pode ser feito pelo site ou pelo aplicativo Meu INSS ou ainda pelo telefone 135, que funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.
Para agendamento via site ou aplicativo, o segurado vai precisar criar login e senha na plataforma Gov.br, o Meu INSS está inserido nesse ambiente virtual.
Como marcar pelo Meu INSS
1 - Acesse o site ou o aplicativo meu.inss.gov.br
2 - Informe CPF e senha
3 - Clique em serviços
4 - Na aba "Benefícios", clique em "Auxílio-doença"
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5 - Clique em "Perícia" e depois escolha "Remarcar perícia"
6 - Informe o número de documento
7 - Acesse "Reagendar atendimento"
8 - Anote as orientações ou faça um print da tela
Agendamento pela Central 135
1 - Disque 135
2 - Em seguida digite seu CPF ou da pessoa para a qual será feito o reagendamento
3 - O sistema informará um número do protocolo. Anote
4 - Logo depois disque 0 para falar com atendente
5 - Em seguida, um funcionário atenderá o telefone
6 - Informe que quer remarcar a perícia
7 - Anote todas as informações que forem passadas
8 - A central funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h