Hang pede restrição da AliExpress, Wish, Shopee e mais importadoras
Grupo de empresários do varejo levou à Presidência uma denúncia sobre empresas que vendem produtos chineses
Um grupo de empresários do varejo brasileiro levou ao alto escalão da Presidência uma denúncia sobre empresas que vendem produtos chineses como AliExpress, Wish, Shein, Shopee e Mercado Livre.
O documento nomeado "Contrabando Digital" denuncia plataformas de fora do País que trazem produtos a pessoas físicas no Brasil, prática conhecida como ‘cross border’ e é assinado por Luciano Hang, dono da varejista Havan, pelo CEO da Multilaser, Alexandre Ostrowiecki e outros nomes de empresas de varejo que trazem materiais chineses. A informação foi publicada pela coluna Broadcast, do Estadão.
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O assunto chegou à Procuradoria Geral da República (PGR) por "concorrência desleal", como afirmam os empresários. O ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro também assistiram à apresentação.
O material obtido pelo Estadão cita a “construção de engenharia de como burlar a Receita”. O grupo pede que os consumidores sejam cobrados pelo governo no momento da compra, e não quando o produto importado passa pela Receita Federal e entra no Brasil.
As empresas são acusadas de subfaturamento de notas fiscais e a reetiquetagem na Suécia, como tentativa de burlar a fiscalização. Segundo dados do grupo, apenas 2% das entregas são devidamente taxadas.
A causa também ganhou apoio de Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Nacional dos Fabricantes Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) e do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP).
As plataformas de comércio virtual disseram se preocupar com as legislações dos países onde operam e que também se preocupam com pirataria e contrabando.
Em nota enviada ao portal iG, o AliExpress disse que se esforça "para cumprir com todas as regras e regulamentos aplicáveis nos mercados" em que opera. Confira:
"O AliExpress é um e-marketplace que permite que comerciantes e compradores se conectem diretamente para benefício mútuo. Respeitamos e nos esforçamos para cumprir com todas as regras e regulamentos aplicáveis nos mercados em que operamos. Os comerciantes que utilizam nossa plataforma são separadamente responsáveis por cumprir as leis e regulamentos aplicáveis a eles também. Para isso, fornecemos todos os meios apropriados e eficazes a este respeito. Não encorajamos nem o vendedor, nem o comprador a realizar qualquer evasão fiscal local ilegal ou cometer fraudes, incluindo qualquer forma subfaturamento da compra".