O presidente Jair Bolsonaro comentou o atraso das privatizações e das reformas administrativa e tributária, e culpou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, durante a primeira metade do seu governo, mas reiterou que apesar da troca por Arthur Lira, ambas devem empacar por conta do ano eleitoral.
Bolsonaro disse que pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para fazer o "mínimo possível" na reforma tributária, já que nos seus 28 anos de Congresso, o presidente não viu nenhuma proposta avançar nesse sentido.
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"Quando chega na hora do voto, tem os interesses de prefeitos, de governadores, do governo federal e da iniciativa privada, então é difícil ela andar. E quando chega o ano eleitoral fica mais difícil ainda. Acho difícil essa reforma caminhar. A administrativa talvez seja possível", reforçou em entrevista à rádio Jovem Pan de Bauru.
Combustíveis
O presidente Jair Bolsonaro voltou a se queixar sobre os preços dos combustíveis culpou três fatores pela alta: a insuficiência brasileira no refino do petróleo, o ICMS cobrado por governadores e a guerra da Ucrânia que já entra no seu 26º dia.
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"Nós não temos diesel e gasolina produzidos nas nossas refinarias no Brasil, então parte você importa e parte você exporta", disse. "Eu queria que os governadores cobrassem ICMS do contribuinte o mesmo que o governo federal desde janeiro de 2019, quando nós mantivemos congelados o PIS/Cofins", cobrou o presidente.
Bolsonaro voltou a afirmar que não vai interferir na Petrobras para mudar a Política de Paridade Internacional, mesmo após oscilações maiores desde que começou a guerra na Ucrânia.
"Alguns querem que interfira na Petrobras, a gente não pode fazer isso até porque o próprio pessoal da Petrobras, a começar pelo presidente, responderia criminalmente por ter aceitado uma interferência nesse sentido".