"Intervenção nos combustíveis termina em bagunça", diz Mourão
Vice-presidente disse que Silva e Luna "aguenta a pressão"
O vice-presidente Hamilton Mourão reiterou nesta segunda-feira (14) que uma intervenção direta no preço dos combustíveis está descartada pelo governo federal. Segundo Mourão, esse tipo de ação é algo que "a gente sabe como começa e o término sempre vai ser uma bagunça".
Após 57 dias a Petrobras fez ajustes nos preços de gasolina e diesel nas refinarias, ou seja, para as distribuidoras. A alta chega a 24,93% e vale a partir de amanhã. O GLP também vai subir, após 152 dias.
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A Petrobras vai reajustar em 18,7% o preço da gasolina e em 24,9% o diesel. A companhia também vai elevar, em 16%, o preço do GLP.
Mourão disse que o governo busca soluções para resolver o problema da alta no preço dos combustíveis, que tem como causa principal o conflito entre Rússia e Ucrânia.
“Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa e o término sempre vai ser uma bagunça, né. O governo está buscando soluções junto com o Congresso, seja aí, mudança do cálculo do ICMS, questão de fundo para estabilização, a redução do PIS-Cofins a zero. Então são soluções que estão sendo buscadas em um momento difícil do mundo que, uma vez solucionada a situação do conflito vivido entre a Rússia e a Ucrânia, a tendência é que o preço volte aos níveis anteriores”, disse em conversa com jornalistas.
Sobre as críticas do presidente Jair Bolsonaro ao presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, Mourão disse que ele é "resiliente, sempre foi, como bom nordestino, aguenta pressão".
Bolsonaro disparou também contra o reajuste da Petrobrás, e disse que a empresa demonstra não ter sensibilidade com a população.
"É Petrobras Futebol Clube e o resto que se exploda" , afirmou.
No ano passado, a Petrobras registrou lucro líquido recorde de R$ 106,6 bilhões, valor 1.400,7% maior que o verificado em 2020 (R$ 31,504 bilhões).