Bolsonaro critica estatal por reajustes: "Petrobras Futebol Clube"

À imprensa, presidente disse que aumento nos preços dos combustíveis mostra que a Petrobras não tem "qualquer sensibilidade com a população"

Presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a Petrobras pelo reajuste no preço dos combustíveis
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - 08.03.2022
Presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a Petrobras pelo reajuste no preço dos combustíveis

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras , dizendo que a empresa não tem "qualquer sensibilidade" com os brasileiros, nesse sábado (12). O chefe do Executivo afirmou que vai acionar o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para notificar os postos de gasolina que não reduzirem os valores.

"Lamento, porque poderia ter esperado mais um dia [para anunciar o aumento]. A Petrobras demonstra que não tem qualquer sensibilidade com a população. É Petrobras Futebol Clube, o resto que se exploda. Se tivesse atrasado um dia", disse à imprensa, durante passeio em Luziânia (GO).

Nas redes sociais, a empresa tentou justificar o aumento no preço dos combustíveis, afirmando que o reajuste foi necessário para manter o fornecimento por todas as empresas, diminuindo riscos de desabastecimento .

Na última quinta-feira (10), a Petrobras anunciou o aumento de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel nas refinarias, além de 16,1% no gás liquefeito de petróleo (GLP) . Os novos valores começaram a valer a partir de sexta (11).

Em transmissão nas redes sociais no mesmo dia, Bolsonaro comemorou a aprovação no Senado Federal de dois projetos que diminuem o impacto do aumento por meio da mudança nas regras de cobrança do ICMS sobre os combustíveis . O presidente, entretanto, disse que a Petrobras poderia ter esperado alguns dias para que o governo não precisasse correr contra o tempo.

"Precisa de mais petróleo, o mundo cada vez consome mais. O preço vai lá pra cima. E se a Petrobras, que a Petrobras que diz isso aí, não aumentar, teremos o desabastecimento, que é pior que o combustível caro", afirmou.