Dinheiro “esquecido” às vezes é menor que R$ 1
Felipe Moreno
Dinheiro “esquecido” às vezes é menor que R$ 1

Alguns brasileiros que realizam consultas para ver o valor do “dinheiro esquecido” nas instituições financeiras do país acabaram se frustrando após encontrar saldos que não chegam nem a R$ 1. O Banco Central começou a liberar nesta terça-feira, 7, a consulta ao valor e aos pedidos de resgate. A estimativa é que R$ 8 bilhões sejam devolvidos para a população e empresas, sendo R$ 4 bilhões somente nesta primeira fase.

Nas redes sociais, internautas se mostram insatisfeitos com os valores disponíveis. Em alguns relatos, clientes encontraram quantias que não estão nem disponíveis para realizar o PIX e alguns posts viraram piada na web. A expectativa com os valores era alta já que, até então, o sistema do BC, chamado Valores a Receber, só informava se a pessoa teria ou não algo a ser retirado, mas não a quantia em questão.

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"Eu quando for consultar os valores a receber e descobrir que tinha uns R$ 0,63 esquecidos em algum banco", ironizou um cliente.

"Consultei sobre os valores a receber no BACEN e sinalizou a existência de saldo para minha tia. Ela ficou na expectativa por dias. Hoje, após umas 2h tentando as infinitas validações para consulta do valor, eis que surge o saldo: R$ 0,02 - Isso mesmo, DOIS CENTAVOS", afirmou um internauta.
"Fui consultar aqueles valores a receber do banco central pro meu vô… o veinho ficou rico com o total de 0,33 centavos que tem pra ele", disse outro cliente.
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"Consultei os valores a receber de minha mãe há uns dias atrás, e hoje seria o dia de saber e receber o valor que havia sido esquecido. Quanto tinha lá? 13 centavos", contou outro internauta.

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Valores a receber

Para conferir se há dinheiro a ser resgatado, é necessário acessar o site oficial do governo (valoresareceber.bcb.gov.br). Em seguida, digitar o CPF e data de nascimento, ou CNPJ e data de abertura caso a consulta seja para pessoa jurídica. Caso tenha valor a receber, o cliente terá confirmação e a data em que poderá entrar no sistema para resgatar o saldo.

No caso do Fundo PIS/Pasep, a Caixa Econômica afirmou que 10,6 milhões de brasileiros ainda não sacaram o benefício que chega ao total de R$ 23,5 bilhões. O banco esclareceu que esse montante se refere ao total migrado das cotas do PIS/PASEP para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O benefício atende aos trabalhadores que possuíam carteira assinada no período de 1971 a 04 de outubro de 1988 e não tinham realizado o saque de suas cotas Pasep no Banco do Brasil ou PIS na Caixa Econômica.

A consulta ao saldo disponível pode ser realizada por meio do aplicativo do FGTS, disponível nas principais lojas virtuais, no site do FGTS (www.fgts.gov.br) e pelo Internet Banking CAIXA, neste caso para correntistas do banco. Em qualquer desses canais, as contas de origem PIS ou Pasep podem ser identificadas a partir do nome do empregador, que estará cadastrado como "Pasep - Programa do Servidor Público" ou "PIS – Programa de Integração Social".

O trabalhador, independentemente de sua idade, poderá solicitar o saque por meio do aplicativo do FGTS, de maneira totalmente digital, na opção "Meus Saques", "Outras Situações de Saque" e PIS/PASEP". É possível, ainda, indicar uma conta em qualquer instituição bancária para receber os valores, sem nenhum custo. Na hipótese de morte do titular das cotas do PIS/Pasep, o saldo da conta será disponibilizado aos seus dependentes.

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