Em resposta aos EUA, Kremlin proíbe exportação de matérias-primas
Governo Putin não informou lista de matérias que devem ser atingidos; mais cedo, EUA proibiram importação de petróleo russo
O presidente russo Vladimir Putin assinou um decreto proibindo a exportação de matérias-primas, em resposta a interrupção da compra de petróleo da Rússia anunciado pelos Estados Unidos nesta terça-feira (8). A lista de matérias deverá ser divulgado em dois dias.
Segundo o governo russo, a medida visa "garantir a segurança da Federação Russa". O decreto estabelece que alguns produtos estão proibidos de serem exportados, enquanto outros apenas limitados.
Horas antes, o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que o país não irá mais comprar petróleo russo. A sanção é uma resposta aos ataques do exército de Putin à Ucrânia.
A decisão deverá impactar fortemente a Rússia, responsável pela exportação de 7% de todo petróleo distribuído no mundo. Só os Estados Unidos compram 20 milhões de barris de petróleo por mês dos russos.
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A sanção deve atingir o Brasil. Os combustíveis consideram a volatilidade dos combustíveis no mercado internacional. A Petrobras até cogita em congelar os preços, mas há preocupação de desabastecimento.
O valor do barril de petróleo atingiu US$ 130 nesta terça-feira, após a decisão de Biden. O preço, no entanto, deverá atingir os US$ 200 a medida em que outros países seguirem as sanções norte-americanas.