Biden prevê banir petróleo russo nesta terça; Rússia deve revidar
Presidente dos Estados Unidos quer pressionar o país a abandonar o conflito com a Ucrânia
Em mais uma tentativa de estrangular a economia russa após a invasão da Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve anunciar nesta terça-feira (8) o banimento das importações do petróleo e do gás russos, informa a agência Reuters.
O movimento, por enquanto, não conta com apoio da União Europeia, isso porque os europeus são mais dependentes do commoditie russo. A Hungria, por exemplo, é o país mais dependente do gás russo (25%).
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Alemanha é o quinto país mais dependente do gás russo (14%). Itália é o décimo (10%).
A perspectiva de uma proibição das importações de petróleo da Rússia desencadeou temores dos investidores sobre a inflação e a desaceleração do crescimento econômico.
Os preços do petróleo já atingiram máximas de 14 anos, e a Rússia alertou que podem chegar a US$ 300 o barril. Também advertiu sobre a possibilidade de retaliação e fechar o principal gasoduto para a Alemanha, se o Ocidente interromper as importações de petróleo, devido à invasão da Ucrânia, o que fez os preços do gás dispararem nesta terça-feira.
Os Estados Unidos também proibiram os americanos de se envolverem em quaisquer transações envolvendo o Banco Central da Rússia, o Fundo Nacional de Riqueza e o Ministério das Finanças em uma das mais duras sanções após a invasão da Ucrânia até o momento.
A ação "imobiliza" todos os ativos que o BC russo possua nos Estados Unidos, o que deve dificultar a capacidade da Rússia de acessar centenas de bilhões de dólares em reservas.
Além do boicote de empresas, e economia russa sofre com a exclusão do Swift.
A Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication ou simplesmente Swift é utilizada por 11 mil instituições financeiras do mundo para o envio de mensagens seguras e ordens de pagamento. A sanção contra o país dificultaa o trabalho de instituições financeiras dentro e fora do território russo.