Petróleo segue em disparada e bate US$ 119, maior nível desde 2012

Bolsas europeias e americanas sofrem direções contrárias, e rublo tem nova queda histórica

Petróleo segue em disparada e bate US$ 119, maior nível desde 2012
Foto: Fernanda Capelli
Petróleo segue em disparada e bate US$ 119, maior nível desde 2012

O petróleo segue em disparada com o conflito entre Rússia e Ucrânia. Na manhã desta quinta-feira (3), o tipo Brent, referência global, era cotado a US$ 119,84 por barril, nível mais alto em dez anos. O WTI, por sua vez, alcançou US$ 116,57, o maior patamar desde 2008.

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A alta foi desencadeada pelas sanções sofridas pelas petrolíferas russas, bem como pelos temores de um eventual desabastecimento.

A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, responsável por 7,5% das exportações do produto. Também é a principal fornecedora de gás natural para a Europa.

Nesta quarta, o presidente americano Joe Biden  anunciou uma nova rodada de sanções à Rússia que visam o setor de refino do óleo no país. A medida levanta novas preocupações de que a importação de petróleo e gás possam ser o próximo alvo do cerco imposto pelos países ocidentais.

Em reunião realizada ontem, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) também decidiu que elevará a oferta de petróleo em 400 mil barris por dia (bpd) em abril.

A decisão ocorre um dia após os EUA e outros grandes consumidores do produto terem dito na terça-feira (1) que liberariam 60 milhões de barris de petróleo de seus estoques de emergência na tentativa de frear o aumento dos preços. 

Bolsas

A Bolsa de Valores de Moscou permanece fechada nesta quinta-feira, pelo quarto dia consecutivo. Enquanto isso, as demais europeias apresentaram sinais contrários.

Por volta de 11h50, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres cedia 1,23% e a de Frankfurt, 0,23%. A Bolsa de Paris, por sua vez, subia 0,37%.

Nos Estados Unidos, as bolsas operavam em alta. Também por volta de 11h50, o índice Dow Jones subia 0,82% e o S&P, 0,55%. Já a Bolsa Nasdaq avançou 0,33%.

Na Ásia, fecharam com direções contrárias. O índice Nikkei, de Tóquio, subiu 0,70%. Em Hong Kong, houve alta de 0,55% e, na China, baixa de 0,09%.

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,36%.

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Rublo continua em queda

O rublo caiu para novos recordes nesta quinta-feira, depois que as agências de classificação de risco Fitch e Moody´s rebaixaram a nota de crédito da Rússia para "lixo".

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No início da manhã, o dólar se valorizava 9% ante a moeda russa. Cada moeda americana comprava 116,8 rublos.

Desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro, o rublo caiu cerca de 30% em relação ao dólar.