Falta de semicondutores obriga Mercedes a dar férias a 600 empregados

Fábrica de caminhões de São Bernardo do Campo terá parte das equipes dispensada por doze dias.

Fábrica da Mercedes
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Fábrica da Mercedes

A Mercedes-Benz vai reduzir a produção de caminhões na fábrica que mantém em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e colocar 600 trabalhadores em férias coletivas por 12 dias em março.

A empresa informou que os funcionários ficarão fora das linhas de produção entre 14 e 25 de março. O motivo do ajuste na produção é a falta de semicondutores, um problema enfrentado por diferentes segmentos industriais em todo o mundo.

A empresa ainda avalia a possibilidade de colocar outro grupo de trabalhadores em férias coletivas no fim  de março.

O  sindicato que representa os trabalhadores da fábrica afirmou que foi informado pela empresa que serão suspensas as atividades apenas em algumas áreas, como as de eixos e câmbio. Segundo a entidade, a unidade tem no total 8 mil empregados, sendo 6 mil na produção.

O coordenador do Comitê Sindical na Mercedes-Benz, Sandro Vitoriano, afirmou que o grupo vêm conversando com a companhia sobre os problemas na produção, que frustram expectativas de retomada forte em 2022: 

“No final de janeiro a empresa estava discutindo jornadas adicionais e contratações para atender o volume de produção, mas depois de alguns dias e com o agravamento da falta de peças já houve cortes no volume e a empresa sinalizou que haverá férias coletivas. Com o aumento da demanda, nossa pauta também era para colocar mais trabalhadores na empresa”, afirmou Vitoriano em nota enviada pelo sindicato.

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A Mercedes-Benz afirmou que busca soluções para contornar a crise global nas cadeias logísticas que provoca a escassez de semicondutores, essenciais para dispositivos eletrônicos dos veículos, e manter a entrega de caminhões.

“A Mercedes-Benz reforça seu forte compromisso em atender os clientes e tem adotado alternativas junto à cadeia brasileira de suprimentos e ao grupo Daimler Truck mundialmente para enfrentar os desafios diários de abastecimento de peças, situação sem precedente na indústria global”.