A Embraer anunciou nesta quarta-feira ter chegado a um acordo com a Força Aérea Brasileira para reduzir o número total de aeronaves KC-390 encomendadas pela FAB, em contrato assinado em 2014, de 28 para 22 unidades, com entregas previstas até 2034.
Em novembro, a FAB anunciou a decisão de reduzir a encomenda de unidades do cargueiro militar. O contrato inicial previa a entrega de 28 aeronaves no valor de R$ 7,2 bilhões.
Na época, a FAB justificou a decisão, unilateral, de reduzir a encomenda por considerar “as necessidades do órgão frente aos recursos anualmente disponibilizados”. A Embraer, por sua vez, disse que tomaria as medidas jurídicas.
O cargueiro é voltado para missões como transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento em voo, busca e salvamento e combate a incêndios florestais.
Na época, durante viagem a Dubai, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a FAB, afirmando que a frota precisa ser operacional. Segundo ele, não houve quebra de contrato, mas uma tentativa de acordo.
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Segundo a Embraer, "a nova cadência de produção se adequa às condições orçamentárias da FAB ao mesmo tempo em que permite à Embraer um melhor planejamento de longo prazo junto aos seus fornecedores".
Em nota, a Embraer disse que os benefícios do programa KC-390 não se resumem apenas aos ganhos operacionais para todo o sistema de defesa nacional, mas representam também um "importante incremento nas exportações de produtos de alto valor agregado, colaborando com a balança comercial do país".
A aeronave já foi encomendada por Portugal e Hungria, duas nações que fazem parte da OTAN.
Com este acordo, a Embraer reforça seu papel de parceira estratégica da FAB no desenvolvimento e implantação de soluções e produtos tecnológicos de alto valor agregado.