O pré-candidato à presidência da República, Sérgio Moro (Podemos), classificou programas de renda básica no Brasil como "exploração da pobreza" em troca de popularidade eleitoral. Moro ainda criticou os ajustes feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para criar o Auxílio Brasil, com objetivo de aumentar sua aprovação entre os mais pobres.
O ex-ministro lembrou que o Bolsa Família foi uma extensão do Bolsa Escola, criado pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
"Começou com FHC como bolsa escola e depois o PT veio com o bolsa família. Por que mudar o nome? Agora se troca o nome bolsa família para Auxílio Brasil por questões meramente eleitorais. Isso é deplorável", disse, em entrevista à CBN de Caruaru (PE).
"Queremos fazer algo diferente, a gente não pode explorar politicamente a pobreza das pessoas com programas de auxílio ou transferência de renda. O que a gente vê nesse governo, e antes, é a exploração da pobreza do povo para fins eleitorais", concluiu Moro.
Sérgio Moro ainda defendeu a criação de uma agência de combate à fome e pobreza. Na visão do pré-candidato, a medida não influenciará decisões políticas e forçará a retomada econômica do país.
"Vamos manter os programas, mas a gente quer um pouco mais. Além do projeto de retomada de renda e emprego, a gente quer uma atuação mais individualizada contra as causas da pobreza. Estou falando em fazer isso em forma de uma agência nacional, fora da política partidária, como uma força-tarefa nacional com o objetivo de identificar quem são as pessoas que mais precisam. Combater as causas da pobreza para resgatar essas pessoas com dignidade e sem exploração política".