Belo Monte e Tucuruí, no Pará, e Sobradinho, na Bahia, que somam 20% do potencial hidrelétrico do país, estão desperdiçando água por falta de capacidade de escoar toda a energia que podem produzir. Parte da água é liberada rio abaixo sem passar pelas turbinas.
Enquanto isso, parte das linhas de transmissão para o Centro-Sul está ocupada por uma termelétrica que custa R$ 378 milhões por mês, mesmo com energia mais barata disponível nas hidrelétricas.
A cifra é paga por todos os consumidores nas contas de luz, numa evidência das limitações que perduram na infraestrutura e na gestão do sistema elétrico.
O custo mensal de uma única termelétrica é mais da metade do montante destinado a descontos nas contas de luz de 35,3 milhões de consumidores nas faturas de janeiro.