O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou que 2 mil funcionários comissionados do BC entregaram seus cargos em protesto a negativa de reajuste salarial da categoria. Os dados foram divulgados em reunião nesta terça-feira (11) com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Ao todo, 500 cargos são efetivos ou substitutos e 1,5 mil funcionários que se comprometeram a não assumir as vagas restantes. A previsão, é que o número possa atingir 3 mil funcionários até o fim deste mês.
Além do Sinal, participaram do encontro a Associação Nacional de Analistas do Banco Central (ANBCB) e o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central do Brasil (SinTBacen). Em nota divulgada na tarde desta terça-feira, os sindicatos informaram que não houve acordo entre as partes.
"Reunião com o presidente do BC foi amistosa e propositiva. Porém, não houve proposta concreta de reajuste, somente declarações de intenções: 'vamos tentar' 'vamos conversar'", aponta a nota do Sinal.
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Os sindicatos ainda mantiveram uma mobilização para o próximo dia 18, que contará com a participação de servidores da Receita Federal e auditores trabalhistas. Além do BC, o Ministério da Economia também será alvo dos protestos.
A mobilização é por reajuste salarial e atendimento as outras demandas das categorias, como bonificações extras e benefícios previdenciários. Os protestos começaram após o Palácio do Planalto anunciar o aumento dos vencimentos de policiais em 2022.
No entanto, o presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou no último sábado (8) que o reajuste ainda não está confirmado, provocando revolta de funcionários da segurança pública.