O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a atacar as projeções feitas para este ano pelo mercado financeiro em conversa com o presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração é uma tentativa de convencer Bolsonaro de que a economia está de vento em popa.
Entretanto, Guedes está pressionado com a alta da inflação prevista para 2021, que deverá passar dos 10%, segundo especialistas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) só divulgará os dados na próxima terça-feira (11).
Para Bolsonaro, o ministro se disse cético com o pessimismo e garantiu uma melhora economia acima de países desenvolvidos.
"Erraram tanto que eu estou cético em relação ao pessimismo do mercado no ano que vem. Vão errar todas", teria dito Guedes.
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Para 2021, o mercado espera um crescimento de 4% na economia, mas há a descrença de continuidade dos bons números. Neste ano, bancos projetam alta de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Paulo Guedes, no entanto, acredita que esse cenário poderá mudar no decorrer do ano. O ministro avalia que o Auxílio Brasil e o programa de privatizações do governo podem colaborar na melhora das perspectivas do mercado.
Guedes já havia criticado dados pessimistas sobre a economia brasileira. No fim do ano passado, o ministro de Bolsonaro atacou projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que provocou a retirada do escritório do fundo no Brasil.
Embora dados do FMI e do próprio Banco Central colocassem as ações do governo em xeque, o ministro fez questão de ressaltar o crescimento econômico em V após o período mais complicado da pandemia.