O governo aumentou as previsões de arrecadação com a privatização da Eletrobras e agora esperar receber R$ 25,3 bilhões no próximo ano. Antes, a estimativa era de uma receita de R$ 23,2 bilhões para o Tesouro Nacional.
Os valores foram alterados em reunião nesta terça-feira (21) do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) após análises do Tribunal de Contas da União (TCU). O desestatização da maior empresa de energia da América Latina depende do tribunal para seguir adiante. A previsão do governo é fazer a operação até maio.
No total, o governo espera movimentar R$ 67 bilhões com a privatização (antes, esse valor era de R$ 60 bilhões).
Do total, R$ 25,3 bilhões serão pagos pela Eletrobras ao Tesouro Nacional pelas outorgas das usinas hidrelétricas que terão os seus contratos alterados. Serão destinados ainda R$ 32 bilhões para aliviar as contas de luz a partir do próximo ano, por meio de fundos do setor elétrico.
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Outros R$ 2,9 bilhões serão destinados para bancar a compra de combustíveis para a geração de energia na região Norte no país, onde algumas cidades não são ligadas ao sistema nacional de energia.
O restante será destinado para revitalização de bacias hidrográficas do Rio São Francisco, de rios de Minas Gerais e de Goiás, e para a geração de energia na Amazônia.
Os valores mudaram porque o governo passou a considerar um preço maior para a energia no longo prazo, após determinação do TCU.
Além disso, a Eletrobras precisará contratar estudos para avaliar o aproveitamento de suas usinas hidrelétricas. Um pedido de vista na semana passada adiou a conclusão da análise da privatização pelo TCU, que so deve voltar a julgar o assunto na próxima semana.