Ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro

A recuperação do setor de serviços não foi suficiente para alavancar o crescimento do país no terceiro trimestre deste ano. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou queda de 0,1% em comparação com o segundo trimestre, e sofreu com os impactos da inflação e da instabilidade fiscal, que prejudicaram a atividade econômica.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e se referem ao conjunto de bens e serviços produzidos pelo país.

O resultado ficou praticamente estável em relação ao trimestre anterior, que havia registrado queda de 0,1%,

Estimativa da Reuters apontava para avanço de 0,1% no terceiro trimestre. Para o ano, as estimativas estão entre 4,3% e 5%.

Economia estagnada

A avaliação dos economistas é que a economia brasileira vem apresentando sinais de estagnação desde o segundo trimestre, quando a indústria caiu 0,2% e o consumo da famílias ficou estável. Na época, os investimentos recuaram 3,6%.

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O boletim Focus, que reúne projeções de analistas de mercado, divulgado na última segunda-feira, mostra que as instituições financeiras consultadas pelo Banco Central reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 4,80% para 4,78%.

Isso porque, apesar de a reabertura econômica impulsionar a ampla retomada dos setores como serviços e comércio, o país convive com uma alta de preços consistente — com inflação em 12 meses em 10, 67% —, rápida subida dos juros e um desemprego ainda elevado. A conjuntura afeta o consumo das famílias, principal motor do PIB.

Além disso, analistas calculam que há uma elevada parcela de carregamento estatístico nas projeções, como é chamada a herança do último trimestre de um ano para o ano seguinte. Na prática, a economia brasileira crescerá sobre uma base deprimida do ano anterior, quando tombou 4,1%.



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