Pré-candidato à Presidência da República, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e juiz mais notório da Operação Lava Jato, Sérgio Moro já demonstra manter contatos para formação do seu corpo de ministros, caso eleito. Na Economia, o "Posto Ipiranga" não foi confirmado, mas, de acordo com pistas deixadas por Moro, parece que será um velho conhecido do brasileiro: Affonso Celso Pastore.
“Estou pronto para liderar esse projeto, e construindo um projeto consistente com o povo brasileiro. Se o povo brasileiro tiver essa confiança, o projeto segue adiante”, afirmou nesta terça-feira (16) em entrevista a Pedro Bial.
“Esse projeto ainda está sendo construído e a partir do momento em que se revelam nomes, as pessoas ficam sob uma pressão terrível. Eu vou revelar um, e vou pedir escusas para não revelar outros: no nível macroeconômico quem tem me ajudado é um economista de renome, um dos melhores nomes do país, alguém que eu conheço há muito tempo, que é o Affonso Celso Pastore”, completou Moro.
Pastore integrou a delegação do governo brasileiro na reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), realizada em Washington em 1968. Em 1979 assumiu a presidência do Banco Central.
Nesta quarta, Moro deu mais uma pista e publicou um tweet em que mostrava estar lendo uma das obras de Pastore, o livro "Erros do passado, soluções para o futuro".
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Pastore foi criticado pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes , que disse:
"Affonso Pastore, que era um bom amigo, é um economista com um passado razoável, mas não tem bom treinamento em política econômica geral, por isso não está entendendo o que estamos fazendo, então fica me xingando, me atacando, mas ele serviu a um governo militar", criticou.
"Ele [Pastore] tinha que ficar quieto e ter uma velhice digna", aconselhou Guedes.