Os serviços recuaram 0,6% em setembro após cinco meses seguidos de alta, na comparação com agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo IBGE.
Analistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,5% no mês. Com o resultado, o setor ainda ficou 3,7% acima do patamar pré-pandemia.
Os serviços vinham crescendo ao ritmo de 1% ao mês ou mais, entre abril e julho, mas em agosto deu sinais de desaceleração
“O principal impacto negativo nessa queda do setor de serviços veio dos transportes, que foram influenciados pelas quedas no transporte aéreo de passageiros, devido à alta de 28,19% no preço das passagens aéreas, no transporte rodoviário de cargas e também no ferroviário de cargas”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
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Economistas já acenderam o sinal de alerta mediante as incertezas que podem dificultar a atividade econômica. Há quem calcule que a expansão do setor de serviços caia à metade em 2021, com possibilidade de estagnação da atividade no ano que vem.
Isso porque a disparada da inflação, que já chega a 10,65% em 12 meses, pressiona o custo das empresas e diminui o poder de compra das famílias. E o desemprego continua alto.