Cadastro do Bolsa Família serve para o Auxílio Brasil? Caixa oficializa regras
Pagamentos serão iniciados no próximo dia 17 de novembro, com valor ainda bem abaixo de R$ 400
Começa na próxima quarta-feira (17) o Auxílio Brasil
, substituto do Bolsa Família, confirmou nesta sexta (12) a Caixa Econômica Federal. O banco públicou divulgou também as regras dos pagamentos do novo programa
, explicando, por exemplo, se é preciso fazer um novo cadastro, no caso de pessoas que já recebiam o Bolsa Família.
"Os cartões e senhas utilizados para saque do Bolsa Família continuarão válidos e poderão ser utilizados para o recebimento do Auxílio Brasil. As famílias que recebem o Bolsa Família pelo aplicativo CAIXA Tem, em conta Poupança Digital, receberão o Auxílio Brasil na mesma modalidade de pagamento e poderão continuar movimentando seu benefício pelo aplicativo'', divulgou a Caixa.
Segundo o banco público, portanto, as pessoas que já eram contempladas com o Bolsa Família vão migrar automaticamente para o Auxílio Brasil, não havendo a necessidade de criar um novo cadastro. Os pagamentos seguirão divididos pelo Número de Identificação Social (NIS), e começarão pelos de final 1, indo, diariamente, até o de final 0.
Em novembro, os depósitos vão do dia 17 ao 30. Confira o calendário:
- NIS final 1: 17 de novembro;
- NIS final 2: 18 de novembro;
- NIS final 3: 19 de novembro;
- NIS final 4: 22 de novembro;
- NIS final 5: 23 de novembro;
- NIS final 6: 24 de novembro;
- NIS final 7: 25 de novembro;
- NIS final 8: 26 de novembro;
- NIS final 9: 29 de novembro; e
- NIS final 0: 30 de novembro.
Neste mês, o valor médio do benefício ainda estará longe dos R$ 400 prometidos pelo governo federal para o programa, e deverá ser de R$ 220, o que equivale à média do antigo Bolsa Família, de R$ 189, mais a correção pela inflação. O reajuste no valor médio será de 17,84% para 14,6 milhões de famílias, abaixo do prometido, que era uma alta de pelo menos 20%.
O valor de R$ 400 depende da aprovação da PEC dos Precatórios , aprovada pela Câmara nesta semana e que ainda tramita no Senado. Vale lembrar que o valor é temporário, somente até o final de 2022, pouco depois das eleições presidenciais. O presidente Jair Bolsonaro usa o programa - e seu aumento temporário do valor - como arma pensando na reeleição, já que não há, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, como manter o valor 'cheio' de R$ 400 a partir de 2023 .