Câmara de SP aprova reforma da Previdência em meio à tensão com sindicatos
O texto de emenda à Lei Orgânica (PLO) foi enviado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e recebeu 37 votos favoráveis e 18 contrários
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em definitivo no início da madrugada desta quinta-feira (11) a Reforma da Previdência para servidores. O texto de emenda à Lei Orgânica (PLO) foi enviado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e recebeu 37 votos favoráveis e 18 contrários.
Ontem, na frente da Câmara, manifestantes entraram em confronto com a polícia e uma mulher foi atingida por uma bala de borracha.
Por se tratar de PLO, o prefeito não precisa sancionar, sendo assim, a nova reforma entra em vigor daqui a 120 dias. Com isso, cerca de 63 aposentados do município terão aumento na contribuição. Isso porque para pessoas que ganham mais de um salário mínimo, a alíquota sobe para 14%. Na atual regra do município, o percentual só é descontado de quem ganham acima de R$ 6.433.
Em primeiro turno a sessão também foi marcada por brigas entre os parlamentares do governo e da oposição.
O que muda
A alíquota agora será progressiva, iniciado em 14% e indo até 22% para quem recebe mais. O projeto inicial previa que o Executivo poderia criar uma contribuição extraordinária em caso de déficit, mas essa parte foi retirada.
Segundo Nunes, o rombo na Previdência é de R$ 171 bilhões, portanto, a reforma seria necessária para amenizar as contas.
Além disso, passa a valer a contribuição previdenciária dos servidores inativos que recebem acima de um salário mínimo.
“Essa medida adapta a idade que tem na Reforma da Previdência federal e passa a fazer desconto na contribuição daqueles que estavam isentos, entre o teto e o salário mínimo. Essas pessoas passam a fazer a sua contribuição, mas esses terão aumento. Você pega o aumento concedido e tem uma equivalência da contribuição”, explicou o prefeito.