Uma pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta-feira (10) apontou que a economia é atualmente o principal motivo de insatisfação do brasileiro com o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 73% acham que no último ano a economia piorou, 66% consideram que a diferença entre ricos e pobres aumentou; e 48% afirmam que a situação econômica é o maior problema do país. O ex-presidente Lula (PT) é visto como melhor nome para melhorar o cenário.
No primeiro levantamento da empresa, realizado em julho deste ano, 41% dos entrevistados apontavam a pandemia como o principal problema do país, enquanto 28% afirmaram que era a economia. Já neste mês de novembro, a situação se inverteu: 48% passaram a ver a situação econômica como o problema mais grave do país, enquanto a saúde caiu para 17%.
A fome e a miséria também disparavam na avaliação dos brasileiros sobre o principal problema social que o país enfrenta. De julho para novembro o índice dessa resposta mais do que dobrou, saindo de 4% para 10%.
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O levantamento questionou quem seria o melhor candidato para resolver os problemas econômicos e sociais. O ex-presidente Lula (PT) liderou em todos cenários, menos em combate à corrupção.
Para melhorar a economia, Lula fica em primeiro com 33%, seguido de Bolsonaro,11%; outros, 6%; e Ciro Gomes (PDT), 2%. No combate às questões sociais, Lula tem 47%, Bolsonaro, 5%; outros, 8%; e Ciro Gomes, 1%. Já para melhorar a corrupção, Bolsonaro fica com 33%; Lula tem 24%, outros, 6%; e Ciro Gomes, 1%.
Em agosto, 62% dos entrevistados avaliaram que a economia havia piorado no último ano. Neste mês, esse número subiu para 73%. No mesmo período, o índice de quem acredita que a situação econômica “ficou do mesmo jeito” caiu de 20% para 14%. Já quem enxerga melhora saiu 16% para 11%.
A reprovação ao governo subiu de 45% para 56%, entre julho e novembro deste ano. Já a aprovação caiu de 26% para 19% no período. Além disso, 69% dos entrevistados acham que Bolsonaro não merece ser reeleito.
A pesquisa indica ainda que Bolsonaro perdeu popularidade também entre quem votou nele em 2018. Até agosto, 52% de seus eleitores avaliavam seu governo como positivo, contra 15% que consideravam negativo. Agora, esses índices são 39% e 28%, respectivamente.