Bolsonaro gasta 70% a mais com cartão corporativo, mas impõe sigilo à fatura
Presidente gastou 15,2 milhões de reais este ano
O presidente Jair Bolsonaro aumentou os gastos com o cartão corporativo em 70%, se comparado com 2018. Só em 2021 já foram gastos 15,2 milhões de reais, de acordo com o Portal da Transparência. Em 2018 o montante acumulado era R$ 8,9 milhões em 11 meses.
Os valores ultrapassam os do seu antecessor, Michel Temer, e são maiores também do que o último ano da presidente Dilma Roussef. Veja os gastos até outubro de cada ano:
- 2015: 12 milhões de reais
- 2016: 11,7 milhões de reais
- 2017: 8,5 milhões de reais
- 2018: 9 milhões de reais
- 2019: 11,9 milhões de reais
- 2020: 16,3 milhões de reais
- 2021: 15,3 milhões de reais
O cartão de pagamentos do governo federal tem o objetivo de custear despesas relacionadas ao exercício do cargo. O seu uso é sujeito a fiscalização e controle social e a regras baseadas em princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência, isonomia e da aquisição mais vantajosa.
No entanto, alguns gastos podem ser mantidos em sigilo, como o de segurança, por exemplo, que pode comprometer a integridade do usuário. Sob a gestão Bolsonaro, de janeiro a outubro deste ano, 99,2% dos gastos da Presidência estão nessa condição – o percentual é o maior registrado desde 2015.Veja os percentuais dos gastos em sigilo da Presidência ano a ano:
- 2015: 98,4% (11,8 milhões de reais)
- 2016: 98,7% (11,5 milhões de reais)
- 2017: 98% (8,3 milhões de reais)
- 2018: 97,9% (8,8 milhões de reais)
- 2019: 98,2% (11,7 milhões de reais)
- 2020: 98,6% (16 milhões de reais)
- 2021: 99,2% (15,1 milhões de reais)
Com informações da revista Veja