João Doria (PSDB), governador de São Paulo e candidato tucano nas prévias do partido para a Presidência em 2022
José Cruz/Agência Brasil
João Doria (PSDB), governador de São Paulo e candidato tucano nas prévias do partido para a Presidência em 2022

O candidato à presidência nas prévias do PSDB e governador de São Paulo, João Doria, defendeu que, caso eleito, irá privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil. Segundo Doria, o Brasil deve seguir o mesmo modelo adotado pelos Estados Unidos em relação às empresas estatais.

"Sou a favor da privatização, não para fazer do monopólio público um monopólio privado, e sim uma modelagem que permita à Petrobras ser dividida em várias empresas e ser colocada em leilão internacional na Bolsa de Valores do Brasil. É o mesmo modelo que os Estados Unidos seguiram", declarou o governador de São Paulo ao site Correio Braziliense.

"Além de uma empresa dividida, defendo a obrigatoriedade da formação de um fundo regulador. Quando houver aumento do petróleo nas cotações do mercado internacional, esse fundo regulador impedirá que o aumento se reflita imediatamente no preço do combustível ou do gás", defendeu Doria, ao ser questionado sobre a alta dos combustíveis no país.

O candidato nas prévias do PSDB disse ainda que não fala pelo partido, mas que, caso eleito presidente, a privatização do Banco do Brasil também estará na agenda.

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"Se eu vencer, o Banco do Brasil será privatizado. Tem bons profissionais e boa estrutura. Mas não há necessidade de termos dois bancos (a Caixa e o BB). Já o BNDES, não. Pode ser readequado, para que cumpra efetivamente o papel de banco de desenvolvimento econômico e social, principalmente, das micro, pequenas e médias empresas. E que ele passe a ser um regulador", disse.

Doria atacou o governo de Jair Bolsonaro, citado como "pior da história da República", e listou problemas causados pela alta da inflação e o que o governador chamou de falta de projeto. "O Brasil hoje é um país isolado na comunidade internacional. Terra arrasada", resumiu.

O tucano defendeu um pacto que una as agendas social e liberal e listou os quatro pilares da mudança: "Educação, geração de empregos, saúde e proteção ambiental. São quatro prioridades para serem atacadas em harmonia [em 2023, no próximo governo]. Vamos precisar ter um pacto pelo Brasil, um pacto social e liberal ao mesmo tempo. Liberal para que possamos desestatizar a economia. E fazer um pacto com outros partidos para garantir a governabilidade."

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