Paralisação não fechará rodovias, diz líder de caminhoneiros

Greve está prevista para 1° de novembro em protesto ao aumento nos preços dos combustíveis

Ao contrário da greve de 2018, paralisação deste ano não deverá interditar rodovias, diz líder da categoria
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Ao contrário da greve de 2018, paralisação deste ano não deverá interditar rodovias, diz líder da categoria

A greve dos caminhoneiros, marcada para 1° de novembro, não deve fechar rodovias federais ou estaduais. A afirmação foi feita por Wallace Landim, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), em entrevista à jornalista Carla Araújo, do UOL .

Segundo Landim, a orientação é escolher um ponto fixo nas rodovias ou ficar em casa. A medida tem objetivo de não atrapalhar motoristas que pretendem viajar no feriado de finados.

"A orientação é sempre a mesma: não fechar rodovias. Arrumar um local adequado para ficar parado ou ficar em casa. A orientação é não fechar rodovias para não prejudicar o direito de ir e vir de ninguém", disse Chorão, como é conhecido.

O presidente da Abrava ressaltou que o governo federal deve sinalizar algum atendimento às demandas até 31 de outubro para evitar a paralisação da categoria. Landim ainda lamentou o reajuste no valor do diesel anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira (25).

Manifestação vai sair do papel

O representante dos caminhoneiros no Congresso Nacional, deputado Nelson Crispim (PSL-RS), afirmou que a categoria está unida e que a paralisação sairá do papel. Segundo Crispim, o reajuste do diesel em 9% infla ainda mais o desejo dos caminhoneiros em interromper temporariamente os trabalhos.

O parlamentar ressaltou que o 'auxílio-diesel' proposto pelo presidente Jair Bolsonaro foi visto como esmola. Caminhoneiros já declararam que o valor é irrisório e não daria para abastecer 100 litros do combustível.

Uma reunião marcada entre membros do Palácio do Planalto e caminhoneiros, marcada para quinta-feira (28), foi cancelada. A presidência justificou a circulação de notícias sobre a participação de ministros na negociação para adiar o encontro.

Devido ao cancelamento da reunião, lideranças da categoria acreditam que o governo federal não deverá oferecer uma contra-proposta em tempo hábil, o que aumenta a possibilidade de paralisação.