Caixa
Sophia Bernardes
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Após a revista Crusoé apontar que a Caixa Econômica Federal vinha sofrendo influência do presidente Jair Bolsonaro em programas de crédito e propaganda, o banco emitiu um parecer de três páginas alegando que a imposição de sigilo com gastos em publicidade busca o “fortalecimento da democracia”. 

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, seria uma das se apropriar de benesses do banco público. Ela teria entregue uma lista ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, para liberação de empréstimos empresariais para pessoas próximas à família Bolsonaro.

Além dela, o senador Flávio Bolsonaro tem indicado as entidades e confederações esportivas que recebem dinheiro do setor de patrocínio. 

Enquanto isso, a área responsável pela publicidade investe em personagens ligados ao bolsonarismo como Luciana Gimenez e Sikêra Júnior, e o cantor sertanejo Gusttavo Lima. Para propagandear o auxílio emergencial o banco elegeu o cantor Leonardo, que, em 2018, compôs uma música para o atual presidente Jair Bolsonaro. 

“Ressaltamos que, em cumprimento às disposições legais, buscamos o fortalecimento da democracia e desenvolvimento da cidadania, registrando todas as despesas com publicidade mensalmente no endereço eletrônico já informado acima”, diz um dos trechos do parecer emitido pelo banco, assinado pelo superintendente nacional de compras da Caixa, Paulo Fernando de Lira Junior.

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O site que divulga o balanço com publicidade mostra apenas os gastos globais, assim não é possível ter acesso aos valores individuais pagos a cada artista, apresentador e entidades religiosas.

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae)  reagiu, com indignação, às novas denúncias de uso político do banco pela família Bolsonaro. Na edição desta sexta-feira (8), a revista Crusoé mostra que recursos da Caixa para patrocínios têm sido direcionados a pedido do filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro, e novamente pela primeira-dama Michelle Bolsonaro . 

O presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, defende que o banco seja tratado como um bem público. "A Caixa Econômica Federal não é de um presidente, de uma família, de um governo. A Caixa é dos brasileiros e deve estar sempre a serviço do país", afirma Takemoto, ao ressaltar que os empregados da estatal atuam com responsabilidade, ética e honra ao papel social do banco. 


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