A Classe D/E que representa 55% do país perderá renda em 2022 mesmo com o Auxílio Brasil pagando R$ 300, como prometeu o governo federal. Segundo cálculos da Tendências Consultoria Integrada divulgados pela Folha de São Paulo, o grupo perderá 14% da massa de renda.
Além disso, 1,2 milhão de domicílio vai regredir a esse patamar em 2022. A classe C encolherá em 514 mil domicílios e perderá 2% da renda média. Já nas classes A/B, haverá incremento de 2,6% na massa de renda.
No total, após ter alta de 4,9% em 2020, a renda total domiciliar vai cair 3,1% neste ano. Os cálculos consideram níveis de renda que vão de menos de R$ 2,8 mil na classe D/E a mais de R$ 20,8 mil na classe A.
A consultoria considera dois pagamentos ainda em 2021, mesmo que o Auxílio Brasil ainda não tenha data, fonte de recurso ou valor definido. Sendo assim, prevê também pagamentos de R$ 300 para 17 milhões de família, como promete o governo.
A perda de renda vai além do valor do benefício. Os economistas responsáveis pelo estudo alegam que a criação lenta de empregos formais também impacta a massa de renda.
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Após longo período de queda sustentada, a taxa de miseráveis voltou a subir e eles são hoje 27,4 milhões (13% da população; equivalente a quase uma Venezuela) vivendo com menos de R$ 261 ao mês, ou R$ 8,70 ao dia, segundo critérios da FGV Social.