A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (12), cinco dias após o Senado, um projeto para aumentar temporariamente o teto da dívida pública do governo e evitar um default.
O texto recebeu os votos favoráveis de 219 congressistas democratas, enquanto 206 republicanos votaram contra, embora a medida seja fruto de um acordo bipartidário no Senado. Falta agora apenas a sanção do presidente Joe Biden para sacramentar o aumento do teto da dívida.
O acordo acrescenta US$ 480 bilhões ao limite de endividamento do governo americano, que hoje é de pouco mais de US$ 28 trilhões, em meio à ameaça de o Tesouro ficar sem dinheiro em 18 de outubro.
Assim como outros países, os EUA gastam mais do que arrecadam e precisam pegar dinheiro emprestado por meio da emissão de títulos públicos, ativos que são considerados alguns dos investimentos mais seguros do mundo, mas o teto da dívida é definido pelo Congresso.
A solução, no entanto, é válida apenas até 3 de dezembro, quando também termina o prazo do atual orçamento do governo. Se o Congresso não aprovar um novo financiamento até lá, os EUA podem entrar em "shutdown", ou seja, a paralisação de atividades federais por falta de verba.
Já o default é o não pagamento da remuneração sobre títulos de dívida pública.