O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (8) que não vai "na canetada" congelar os preços de combustíveis. No mesmo dia, a Petrobras anunciou reajuste de R$ 0,20 por litro de gasolina e R$ 0,26 por kg do GLP . O presidente ressaltou que "não faz isso porque quer".
"Reclamam no Brasil aumento de preço de mantimentos, combustível, ninguém faz isso porque quer. Eu não tenho poder sobre a Petrobras. Eu não vou na canetada congelar o preço do combustível, muitos querem. Nós já tivemos uma experiência de congelamento no passado", afirmou durante discurso na 1ª Feira Brasileira de Nióbio, em Campinas (SP).
Puxada pelos combustíveis e pela energia elétrica, a inflação para as famílias mais pobres subiu mais do que a média nacional nos últimos 12 meses. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação dos preços para famílias que ganham até 5 salários mínimos, teve alta de 10,78% nos 12 meses encerrados em setembro.
É uma alta maior do que o IPCA, usado nas metas do governo e que mede a inflação para famílias com ganhos de até 40 salários mínimos, subiu 10,25% nos últimos 12 meses.
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A escalada dos preços já faz o brasileiro conviver com uma inflação de dois dígitos - algo que não ocorria desde fevereiro de 2016, quando o indicador chegou a 10,36%.