Aumento no Bolsa Família estimula busca por emprego formal, diz Banco Mundial
Pesquisa rebate a acusação que benefício causa "efeito preguiça"
O Banco Mundial divulgou um estudo sobre os impactos do Bolsa Família no Brasil. Entre os principais, aponta a redução da pobreza, e rebate a acusação de que o benefício causa "efeito preguiça", quando, na verdade, estimulou a busca por emprego, principalmente entre 2007 e 2012.
"Seus potenciais impactos no mercado de trabalho aquecem o debate político. Medos sobre "beneficiários preguiçosos" que muitas vezes geram polêmica sobre o futuro desses programas são geralmente injustificados", diz a pesquisa.
Para a instituição, programas de transferência de renda como o Bolsa Família estimulam a busca por empregos de melhor qualificação entre os beneficiários.
Com base em dados do CadÚnico, a pesquisa aponta que os valores destinados ao programa foram 10% maiores no biênio 2010-2011, em comparação com 2007-2008. "O aumento no total de pagamentos do PBF (Programa Bolsa Família) levou a um aumento no número de empregos formais no setor privado que atingiu 2% até 2011", aponta.
Auxílio Brasil
O governo prepara mais um aumento no programa que deve substituir o Bolsa Família, o Auxílio Brasil. O Ministério da Economia aposta na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos precatórios e na reforma do Imposto de Renda para conseguir bancar um benefício médio de R$ 300. Hoje esse valor é de R$ 189.