Dívida pública reduz a 82,7% do PIB em agosto, menor patamar em seis meses
Redação 1Bilhão Educação Financeira
Dívida pública reduz a 82,7% do PIB em agosto, menor patamar em seis meses

A dívida pública registrou o sexto mês seguido de queda em agosto e chegou a representar 82,7% do PIB. O número foi divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Central (BC).

A trajetória é de queda desde que o indicador atingiu o pico histórico de 89,4% em fevereiro deste ano, com os gastos da pandemia que se elevaram bastante. Em abril, a relação dívida/PIB já estava em 85,3%, caiu para 83,2% em junho e para 83,1% em julho.

Com o resultado do último mês, o indicador volta ao patamar inferior à junho do ano passado. Antes da pandemia, a dívida registrava números por volta de 75% do PIB.

O principal motivador da queda em agosto  é o crescimento do PIB nominal. Como o PIB é denominador da relação com a dívida, quanto ele aumenta, o resultado é de queda no indicador.

Por outro lado, novas emissões de dívida e incorporação de juros contribuíram para reduzir essa queda.

O indicador é acompanhado de perto pelo mercado porque mede a capacidade do país de pagar suas dívidas. O número engloba o resultado do governo federal, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais.

A projeção do Instituto Fiscal Independente (IFI) no relatório de setembro é de que a dívida vai voltar a subir e fechar o ano em 85,6%. O órgão avalia que o efeito da inflação que faz subir o PIB nominal deve abrandar nos próximos meses, causando a alta no indicador.

Resultado fiscal
O BC também divulgou que o setor público consolidado registrou superávit primario em agosto de R$ 16,7 bilhões. No mesmo mês do ano passado, o déficit era de R$ 87,6 bilhões por conta dos gastos com a pandemia.

Enquanto o governo central contribuiu com um defícit de R$ 11,1 bilhões para o resultado do último mês, os governos regionais tiveram superavit de R$ 27,3 bilhões e as estatais de R$ 484 milhões.

No ano, o superávit de R$ 1,2 bilhão.

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