A termoelétrica GNA I, segunda maior termoelétrica do país, foi desligada nesta segunda-feira (20) do Sistema Interligado Nacional (SIN), quatro dias após o início de sua operação. De acordo com o SIN, a interrupção das atividades foi necessário devido à problemas técnicos que colocavam em risco o sistema de fornecimento de gás.
A GNA I começou seu funcionamento comercial na semana passada, com atraso em relação à previsão inicial de começar a produzir energia em julho. Porém, a usina passou por intercorrências durante os testes operacionais realizados no começo do ano, quando a turbina a vapor sofreu danos.
"A UTE, localizada em São João da Barra - Norte Fluminense, entrou em operação comercial na última quinta-feira (16) e conta com capacidade instalada de 1.300 MW", confirmou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em nota.
Em meio à crise hídrica, a demanda por energia está alta e as hidrelétricas do Sul e Centro- Oeste enfrentam desafios que limitam a produção. Assim, a usina térmica é essencial para o governo conseguir aumentar a oferta do insumo ao sistema.
Em comunicado, o ONS informou que, "apesar desse desligamento não previsto, existem outros recursos que podem ser utilizados para minimizar os impactos dessa ausência na geração de energia e suprir as necessidades do SIN".
Um desses outros recursos é o programa de Redução Voluntária na Demanda (RDV) para consumidores industriais, e o incentivo à economia de energia para consumidores residenciais e pequenos comércios, iniciativas que já estão sendo adotadas.
Na quarta-feira (22), foi aprovada uma diminuição adicional de 205 megawatts (MW) no consumo das indústrias, pelo grupo técnico do Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE). Antes, o órgão havia aceito o montante de 237 MW em adesões ao programa.
O setor da indústria que apresentou maior apoio à iniciativa foi o de metalurgia, seguido pelos ramos de minerais não metálicos; químicos; extração de minerais não metálicos; alimentícios; madeira, papel e celulose; serviços; e veículos.