BC limitará transações internacionais em até US$ 10 mil
Reprodução: iG Minas Gerais
BC limitará transações internacionais em até US$ 10 mil

O Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) atualizaram a regulamentação do mercado de câmbio e vão passar a permitir transferências internacionais de até US$ 10 mil. A medida começa a valer no dia 1º de outubro.

As transferências poderão ser feitas entre contas de um mesmo cliente no Brasil e no exterior e para terceiros. Para este último, a regra é que os recursos se destinem a “gastos correntes”, como com a manutenção de uma pessoa no exterior, aposentadorias, pensões e doações.

Atualmente, quem normalmente faz o serviço de eFX, como chamado pelo BC, são empresas facilitadoras de pagamentos internacionais e de cartão, por exemplo. A expectativa da instituição é que haja um aumento dos meios que permitam essas transferências de até US$ 10 mil.

Outra mudança facilita o envio e recebimento de recursos internacionais por meio do cartão de crédito. O objetivo é facilitar o envio internacional de valores de pequeno porte, as chamadas transferências pessoais.

Normalmente são brasileiros no exterior que mandam dinheiro para seus familiares no Brasil ou pais que estão no Brasil mandando recursos para filhos que estudam fora.

Como a reportagem mostrou, as remessas de brasileiros no exterior bateram recorde no primeiro semestre deste ano por conta da crise e do real desvalorizado.

Segundo o chefe de subunidade do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do Banco Central, Lucio Holanda Oliveira, será uma sistemática mais rápida, barata e simples.

"Uma pessoa que possua um cartão de crédito internacional vai poder fazer a remessa e, por exemplo, a pessoa no Brasil terá a conta creditada. A gente entende como uma boa alternativa para essas transferências de pequenos valores", disse.

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Na mesma regulamentação, o BC e o CMN ainda permitiram que instituições de pagamento peçam autorização para operar no mercado de câmbio a partir de setembro de 2022. A operação será apenas por meio eletrônico, ou seja, sem troca de moeda física.

Muitas das fintechs que oferecem contas digitais são instituições de pagamento e a ideia é expandir a competição no mercado, segundo Ferreira.

"A gente tem uma expectativa de que realmente essas medidas tragam mais competitividade para o mercado. Teremos novos participantes, novas possibilidades para realização das operações, é algo que a gente vê como muito positivo", afirmou.

Estrangeiros no Brasil

Estrangeiros no Brasil também receberão permissão para abrir conta pré-paga no país. Antes, só era permitido abrir conta de depósito. De acordo com Ferreira, isso trará mais agilidade para quem precisar receber recursos no país.

"A partir de agora alguém seja não-residente que tem interesse econômico no país, tem que pagar obrigações ou receber algum valor, poderá abrir essas conta de pagamento pré-pagas assim como brasileiros que vão morar lá fora terão a facilidade de ter contas de pagamento pré-pagas", disse o chefe da subunidade.

Além do dia a dia das pessoas, o BC também flexibilizou as regras de câmbio para os exportadores. A partir de outubro, eles poderão receber as receitas de suas vendas em uma conta no exterior, seja de uma instituição estrangeira ou de uma instituição brasileira que tem conta lá fora.

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