PIB: Brasil cai 19 posições em ranking de crescimento após resultado negativo
Levantamento da agência de classificação de risco incluiu informações de 48 países, Brasil ocupa a 38ª posição
Com a retração de 0,1% da economia brasileira no segundo trimestre deste ano, o país decepciona na comparação internacional com outras nações. O Brasil ocupa a 38ª posição num levantamento feito pela agência de classificação de risco Austin Rating, que considerou quase 50 países que já apresentaram os resultados do período.
No primeiro trimestre deste ano, o país cresceu 1,2% e ficou na 19ª posição do ranking. Já no quarto trimestre de 2020, o país havia apresentado o 12º maior crescimento entre as nações analisadas. Entenda os motivos .
"Claro que foi um resultado decepcionante. Para um país que é forte no agronegócio e abastece o mundo, num momento em que o preços das commodities estão em alta, ter uma retração da agricultura é negativo. Um ponto a destacar são os serviços, que apresentaram melhora, o que reforça a importância da vacinação", diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
Agostini lembra que o consumo das famílias também foi afetado por conta do desemprego elevado e falta de confiança na recuperação trazida pela variante Delta. Os empresários freiam investimentos por conta do ambiente político conturbado e 2022 será ano de eleição, o que também afeta as expectativas. Para ele, esse cenário cria um ambiente desafiador para o crescimento do país em 2022.
O economista observa que no ranking vários países foram agregados numa mesma posição do ranking por terem apresentado crescimento semelhante. Alemanha e Estados Unidos, que cresceram 1,6%, ocuparam o mesmo 16º lugar. A França cresceu 0,9%, mesmo nível da Suécia e da Turquia ocupando a 23ª posição.
"Eu agreguei alguns países com mesmo crescimento. Considerando o ranking agregado, e não o corrido, o Brasil ocupa a 28ª posição", observa Agostini.
No primeiro trimestre deste ano, o país cresceu 1,2% e ficou na 19ª posição do ranking. Já no quarto trimestre de 2020, o país havia apresentado o 12º maior crescimento entre as nações analisadas.
Na América Latina, o México apresentou crescimento mais forte que o Brasil, com elevação de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), ocupando a 17ª colocação no ranking. O Chile e o Peru também ocuparam posição mais alta no ranking, ficando em 22º e 23º lugares, com alta de 1,0% e 0,9%, respectivamente em suas economias.
Entre os países considerados emergentes, a Indonésua cresceu 3,3% no período (7ª posição no ranking), a economia chinesa cresceu 1,3% (19ª posição no levantamento), a Coreia do Sul teve crescimento de 0,7% (24º lugar) e a Tailândia avançou 0,4% (25º lugar).
No topo do ranking apareceu a economia portuguesa, que cresceu 4,9% no período, seguida pelo Reino Unido (crescimento de 4,8%) e em terceiro apareceu a Letônia (crescimento de 4,4%).
O dez mais no ranking do PIB
(Segundo trimestre de 2021/crescimento em %)
- 1) Portugal 4,9
- 2) Reino Unido 4,8
- 3) Letônia 4,4
- 4) Aústria 4,3
- 5) Islândia 4,2
- 6) Israel 3,6
- 7) Indonésia 3,3
- 8) Holanda 3,1
- 9) Espanha 2,8
- 10) Hungria, Itália 2,7
- 38) BRASIL -0,1
Fonte Austin Rating