O Ministério de Minas e Energia informou nesta terça-feira que diversos cenários analisados pelo órgão indicam “o atendimento da carga de energia elétrica”, após a adoção de um conjunto de medidas por conta da crise hídrica que ameaça o fornecimento de eletricidade no país.
A nota foi divulgada após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne as principais autoridades do setor. “Os cenários apresentados pelo Operador (Nacional do Sistema Elétrico, o ONS) reforçam a criticidade do momento”, admite a nota.
O texto, porém, cita diversas medidas adotadas pelo governo recentemente, como a redução das vazões das hidrelétricas do Rio São Francisco (o que potencializa a geração de energia), e mais geração de energia para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentram a crise e 70% da capacidade de armazenamento de água do sistema elétrico nacional.
“As novas projeções indicam o atendimento da carga de energia elétrica nos cenários avaliados”, diz o texto.
Uma nota técnica do ONS, concluída na semana passada, indica ser necessário aumentar a oferta de energia em 5,5 GWmed para garantir o suprimento de eletricidade a partir de setembro de 2021. Para se ter ideia do que isso significa, nesta terça-feira o país consumiu cerca de 73 GWmed de energia. Ou seja, será necessário tomar medidas para garantir um adicional de cerca de 7% de energia.
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A nota do MME desta segunda-feira também diz que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez atualizações sobre os custos decorrentes da implementação das medidas. Isso deve fazer com que a bandeira tarifária vermelha 2. A expectativa é que essa bandeira suba para algo entre R$ 14 e R$ 15 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
A alta deve ser confirmada nesta terça-feira, assim como a divulgação do programa para estimular a redução do consumo de energia elétrica.
O governo ainda informou que entrarão no sistema três termelétricas que estavam paradas, em Uruguaiana (RS), Cuiabá e Porto Velho.