Petrobras: Silva e Luna comemora resultado
Osni Alves
Petrobras: Silva e Luna comemora resultado

A Petrobras, que ontem anunciou que vai distribuir R$ 31,6 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões) em dividendos neste ano, pode elevar ainda mais esse valor. A informação foi dada por Rodrigo Araujo, diretor financeiro da empresa, durante teleconferência de apresentação dos resultados financeiros da empresa no segundo trimestre, que registrou lucro de R$ 42,9 bilhões. Hoje, as ações da estatal sobem mais de 8% na B3, a Bolsa de Valores.

Araujo lembrou que a uma distribuição adicional de dividendos pode ocorrer neste ano a depender da entrada de mais recursos em caixa seja com a operação em si ou a venda de ativos, ao ser perguntado por um dos analistas sobre essa possibilidade.

Ontem, a estatal informou que, dos R$ 31,6 bilhões em dividendos, R$ 21 bilhões serão pagos em 25 de agosto de 2021 e os R$ 10,6 bilhões restantes em 15 de dezembro de 2021.

"A depender da geração de caixa da companhia e de eventuais closings (fechamentos) de transações de gestão de portfólio que gerem entrada de recursos, vamos estar sempre olhando espaço para eventualmente ter distribuição adicional de dividendos, mas sem nenhum compromisso com esse momento. É algo que estamos sempre monitorando", disse Araujo.

O governo federal e o BNDES têm direito a receber 36,75% do total de dividendos. O diretor financeiro lembrou que a distribuição de dividendos é "uma demonstração importante de capacidade de resiliência e qualidade da gestão" da empresa.

Sobre a dívida, Araujo reforçou novamente que a meta é alcançar US$ 60 bilhões de dívida bruta até o fim deste ano. Em junho, a dívida bruta chegou a US$ 63,6 bilhões.

"Em agosto, tem a entrada FPSO Carioca que traz a dívida um pouco para cima. Mas estamos focados em aproveitar o pré-pagamento de operações bilaterais com custos menores e fazer novas emissões de recompra de forma que isso seja neutro em caixa", disse Araujo.

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, reforçou, durante sua apresentação, que a Petrobras vai distribuir neste ano o maior volume de dividendos desde 2018.

"Aprovamos a distribuição antecipada de US$ 6 bilhões. Serão os maiores desde 2018. A antecipação é compatível com a sustentabilidade financeira da empresa."

Silva e Luna destacou ainda a venda de ativos como a BR, a redução da dívida da estatal e o volume de comercialização de combustíveis como alguns dos marcos da companhia neste ano.

"Não é ufanismo dizer que a Petrobras é uma potência inevitável. Continuamos trabalhando duro amparado em decisões absolutamente técnicas, evoluindo e se tornando mais forte para melhor investir e suprir um mercado mais exigente."

Cláudio Mastella, diretor de Comercialização e Logística, voltou a dizer que a companhia segue os preços internacionais. Lembrou ainda que o objetivo é evitar repasses imediatos para os preços.

- Ficamos o tempo todo observando o mercado e os competidores. Acompanhamos a cotação e o câmbio. Nossa equipe monitora todos os dias, observando se é uma troca de patamar ou expectativa de troca de patamar. E isso nos deixa a vontade para não ter uma periodicidade.

Os diretores afirmaram que a empresa segue firme na venda de ativos. Citaram o processo de venda da Braskem e ativos como as refinarias e a Gaspetro, além de campos de petróleo. Assim, o valor total de transações neste ano já soma US$ 5,7 bilhões, informou a companhia.

"Está tudo confirmando que seguimos nosso plano estratégico, como a venda de ativos e os preços dos combustíveis" disse Silva e Luna.

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