Recusa do auxílio emergencial é maior entre jovens de 16 a 24 anos, diz pesquisa

Levantamento da CNI aponta que as mulheres são as mais beneficiadas pelo programa do governo federal; gastos essenciais são prioridade de beneficiários

Foto: Redação 1Bilhão Educação Financeira
Gastos essenciais são prioridade de beneficiários do auxílio emergencial

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a FSB, aponta que 30% dos brasileiros que tiveram o auxílio emergencial negado pelo Ministério da Cidadania são jovens entre 16 e 24 anos. O levantamento divulgado nesta sexta-feira (30) mostra que apenas 14% dos jovens receberam o benefício do governo federal. 

Segundo a CNI, o depósito das parcelas foi recusado para 18% da população que solicitou o auxílio. Dos que receberam, 26% são mulheres e 15% homens.  O Nordeste é a região mais contemplada pelo programa.

Criado no começo de 2020 para diminuir os efeitos da pandemia de Covid-19 na economia do país, o auxílio emergencial está em sua quarta parcela da segunda fase da rodada de pagamentos. O benefício deve se manter até novembro, quando deve entrar em vigor o novo Bolsa Família. 

Destino dos valores 

De acordo com o levantamento, os beneficiários destinaram o valor das parcelas, em sua maioria, para gastos essenciais, como alimentação e despesas habitacionais. Já 1% dos entrevistados ouvidos pela CNI disseram que usam o benefício como reserva emergencial. 

Cerca de 2 mil pessoas foram ouvidas pela confederação entre os dias 12 e 16 de julho, por telefone. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.