O IBGE divulgou nesta sexta-feira (23) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 ( IPCA-15
), que é uma prévia da inflação oficial
do país, que ficou em 0,72% em julho
. Maior alta para o mês desde 2004, quando acelerou 0,93%.
Apesar de ter desacelerado 0,11% de junho para julho, o índice acumula 8,59% em 12 meses. O principal vilão da inflação para julho foi o custo da energia elétrica . A crise hídrica e o temor de racionamento fez com que as distribuidoras mantivessem a bandeira vermelha 2 para julho.
Em junho, com a bandeira tarifária vermelha patamar 2 em vigor, o item chegou a subir 3,85%. No mês de julho, a aceleração da energia elétrica se deve ao reajuste de 52% no valor adicional da bandeira tarifária de energia, que passou a cobrar R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos (frente a R$ 6,243 em junho).
O item, segundo analistas, deve continuar a pressionar a inflação com a crise hídrica e a perspectiva de reajustes nas taxas extras da conta de luz.
A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que agora está em 4,25% ao ano.
Segundo o último Boletim Focus, produzido por instituições do mercado financeiro, a inflação ficará em 6,31%, acima do teto da meta.