O preço do petróleo alcançou a maior alta desde 2014 nesta terça-feira após divergências entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus parceiros, reunidos na OPEP+. Com a disparada da cotação, é possível que a Petrobras anuncie novos reajustes nas próximas semanas.
Hoje, entra em vigor o aumento de 6,32% da gasolina nas refinarias brasileiras. Mesmo com o reajuste, o preço do combustível ainda tem defasagem de 14% , de acordo com Guilherme Soyo, economista da Ativa Investimentos, reforçando a tendência de novas altas num futuro próximo.
O barril do óleo leve americano, o WTI, para entrega em agosto, referência nos Estados Unidos, atingiu hoje US$ 76,98, maior cotação desde novembro de 2014. Depois, perdeu um pouco o fôlego e, às 8h45 GMT (5h45 em Brasília), subia 1,92%, a US$ 76,60.
Já o barril de petróleo tipo Brent para entrega em setembro, referência na Europa, subiu para US$ 77,84 pela primeira vez desde o final de outubro de 2018. Às 8h45 GMT, era negociado a US$ 77,58, com uma alta de 0,54% em relação à véspera.
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Países que integram a Opep + têm se reunidos desde a semana passada para avaliar um aumento na produção de petróleo. No entanto, devido a divergências os membros do grupo cancelaram a reunião marcada para ontem. Ainda não há uma nova data para um próximo encontro.
"A falta de acordo sobre os aumentos de produção em agosto e mais para frente deixa o mercado ainda mais deficitário do que antes", disse Neil Wilson no site Markets.com.
Se a situação não se resolver, o fracasso das negociações pode levar à renovação, em agosto, das cotas de produção aplicadas em julho. Na prática, isso significará não aumentar a produção.