O ministro da Economia, Paulo Guedes , deu um leque de opções para o presidente Jair Bolsonaro definir suas prioridades para 2022. Isso porque para Guedes, todas as promessas vão extrapolar o teto de gastos, caso se cumpram.
Segundo a Folha de São Paulo, entre as propostas vistas como impulso para as eleições, estão o aumento no Bolsa Família
, o reajuste salarial
para servidores e a agenda de obras
do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Além da verba que Bolsonaro teria 'ordenado' que fosse separada para a implementação do voto impresso
.
O teto de gastos deve ter um respiro no ano que vem graças à inflação que possivelmente ficará acima do centro da meta. Ainda assim, técnicos da pasta afirmam não ter espaço no Orçamento para tudo que o presidente deseja, especialmente o reajuste a servidores por se tratar de uma despesa permanente.
Até o momento, o Ministério trabalha com a possibilidade de ter R$ 25 bilhões para gastar livremente em 2022 . Mas a equipe já estuda formas de driblar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação.
De acordo com estimativa interna do Ministério da Economia, para cada 1% de reajuste salarial aos servidores federais, haverá um gasto adicional de R$ 3 bilhões ao ano. Se for autorizado um reajuste de 5%, por exemplo, o impacto anual será de R$ 15 bilhões. Ou seja, com apenas uma medida o governo já comprometeria 60% de toda a verba.
Com o voto auditável, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estima um gasto de pelo menos R$ 2 bilhões. Já com a reformulação do Bolsa Família, o custo adicional previsto para 2022 é de R$ 18 bilhões.
Sendo assim, sem contar as obras, o governo já teria um déficit orçamentário de pelo menos R$ 10 bilhões.