BR Distribuidora passou a vender ações nesta semana
Redação 1Bilhão Educação Financeira
BR Distribuidora passou a vender ações nesta semana

Em cerimônia de toque de campainha na B3 , que foi transmitida pela internet, Wilson Ferreira, presidente da BR, deu início ao processo de venda das ações que a Petrobras tem na companhia, que somam 37,5% do capital. Até segunda-feira, serão ofertadas ao mercado pouco mais de 436 milhões de ações que vão render à estatal cerca de R$ 11,4 bilhões.

Segundo o executivo, a operação da BR marca o primeiro processo de privatização via mercado de capitais. Em uma cerimônia curta, ele destacou que a BR passa a ter dois mil investidores institucionais e mais de 60 mil investidores individuais.

"Em quatro anos, foi feita a privatização de uma empresa via mercado de capitais. Foi a primeira operação do tipo em 130 anos da Bolsa, a B3. Países que optaram pela privatização em Bolsa cresceram mais. Essa é a primeira de uma série de transações no Brasil, como a da Eletrobras", disse Ferreira.

Ele lembrou que os mais de R$ 11 bilhões representam cerca de um terço de todas as operações de follow on já feitas na Bolsa. Segundo a Bloomberg, é a maior venda de ações da América Latina neste ano e comparável, em reais, às ofertas de Rede D’Or (2020), BB Seguridade (2013) e Banco do Brasil (2010).

Segundo Ferreira, transformar a BR em uma corporation será importante para ajudar a empresa, dona de mais de 7.700 postos de combustíveis em todo o país, na transição energética:

"Queremos ganhar valor", disse Ferreira.

Sem a Petrobras, a BR deve acelerar os planos de diversificação de investimentos em atividades como energia renovável, comercialização e distribuição de gás.

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Segundo fontes, uma das metas da gestão de Wilson Ferreira Júnior, que assumiu a empresa em março após deixar o comando da Eletrobras, é justamente ampliar o leque de atuação da companhia.

O processo de venda de ações está sendo coordenado por bancos como Bank of America (BofA), Citi, Goldman Sachs, Itaú BBA, JP Morgan e XP. O Morgan Stanley é o coordenador lider.

A venda das ações na BR estava prevista para ocorrer em abril, mas foi adiada após o presidente Jair Bolsonaro demitir o então presidente da Petrobras Roberto Castello Branco. Em seu lugar, assumiu Joaquim Silva e Luna.

A BR vai consolidar sua estratégia de atuar como corporação, sem controlador definido. Itaú Dunamis, Bogari, Moat, Kapitalo, BlackRock, Vanguard, Norges Bank, Opportunity e Verde Asset são alguns dos acionistas hoje.

Mesmo com a venda, a bandeira BR será mantida nos postos de gasolina. De acordo com a estatal, o contrato de licenciamento da marca é independente do negócio.

A estatal também está vendendo metade de sua capacidade de refino e em negociação para se desfazer da Gaspetro, que tem participação em diversas redes de distribuições de gás no país.

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