O Tech Jobs Report 2021 , realizado pela Gama Academy , escola que capacita estudantes e profissionais para o mercado digital , revelou que há vagas sobrando para a área digital no Brasil para pelo menos os próximos três meses. São Paulo é o estado que mais vai abrir postos de trabalho em tecnologia, com 9.830 vagas , seguido de Minas Gerais, com expectativa de 1.076 cargos. Entre as 32 empresas consultadas, a Social Miner e Luiza Labs são as que mais irão contratar no período. Entre os principais desafios para contratação desses profissionais, 50% dos recrutadores dizem que Qualificação do Candidato, as chamadas soft skills, é o principal.
Quando a pergunta é home office, 54,8% das empresas permanecerão nesse formato nos próximos meses. Além disso, 48,4% das oportunidades serão em regime CLT, 16,1% como Pessoa Jurídica e 35,5% contratará pelas duas modalidades.
O levantamento registrou que 35,5% das empresas com vagas no mercado digital já são da área de tecnologia, seguido pela área de Energia, com 12,9% dos entrevistados, e pelas áreas de Comunicação e Mídia, Varejo e a de Eventos e Turismo, todas empatadas com 9,7%.
As empresas do ramo de Associações, as de Finanças e as de Saúde também estão empatadas com 6,5% de respondentes para as vagas que irão abrir. No nicho de Outsourcing, 3,2% das empresas terão vagas de tecnologia nos próximos meses. Entre as médias salariais para as áreas digitais, a pesquisa aponta que podem partir de R﹩ 2.500 e até ultrapassar os R$ 7 mil. A Gama Academy nomeia essas carreiras digitais como: Programação (Hacker), Design (Hipster), Vendas (Hustler) e Marketing (Hyper).
Entre as empresas que participaram da pesquisa da Gama Academy, 51,6% são startups, sendo que 58,1% estão no estado de São Paulo. As demais são empresas tradicionais do mercado. Sobre o formato de trabalho que será adotado nos próximos meses, 54,8% manterão seus colaboradores em casa (home office) e 32,3% em modelo híbrido, que mescla presencial e remoto.
O estado de São Paulo se destaca com a cidade com o maior número de oportunidades por área de atuação: Hacker (4.404); Hipster (3.266); Hustler (3.996), Hyper (2.568). Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco também estão com vagas abertas. Já as vagas remotas, há 2.954 para programação, 1.912 para design, 870 em vendas e 752 em marketing. A área de programação tem a maior média salarial, de R$ 7.500.
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"Para mapear essas vagas, fomos além das empresas que responderam a pesquisa. Consultamos outras 10.534 startups e mais de 31.524 vagas para entender quais contratações seriam para a área digital. A constatação está feita, o mercado tecnológico é o que mais demanda atualmente. No entanto, falta mão de obra. O que a gente faz na Gama é formar e treinar essa mão de obra e entregar para as empresas um profissional especializado e com todas as skills necessárias para essas profissões do futuro", afirma Guilherme Junqueira, CEO da Gama Academy.
Para 50% das empresas mapeadas a qualificação do candidato, também conhecida como Soft Skills, é o principal desafio na hora de contratar um profissional no mercado digital. Dessas habilidades comportamentais que os recrutadores procuram nos candidatos estão: 27,4% proatividade; 15,8% organização; 14,7% resiliência; 12,6% criatividade; 10,5% trabalho em equipe.
Junqueira também traz outro reflexo apontado pela pesquisa, sobre o nível de cada cargo. "É possível se especializar e obter boa remuneração em vários estágios na área digital. Os cursos mais rápidos permitem que você já busque oportunidades enquanto é jovem.
Mas, não há idade para isso, e outro lado bom da rapidez que esse conhecimento pode ser adquirido é que pessoas mais velhas também podem mudar de área e ir para tecnologia", ressalta. De acordo com o Tech Jobs Report 2021, 35,5% das vagas terão perfil Pleno, 32,3% Júnior, 29% Sênior e 3,2% em todos os níveis.
Também foram entrevistados 67 recrutadores para a pesquisa para falar sobre benefícios. Para 54,8% a pandemia não afetou os benefícios oferecidos, enquanto que para 45,2% houve alterações por conta do período.
Entre os benefícios mais valorizados pelos colaboradores estão o Plano de Saúde, para 29% esse é o melhor benefício. Em seguida estão as bonificações baseadas em resultados (26,5%) e vale-refeição (17,6%), vale-alimentação (14,7%), Vale Transporte (2,9%) e Happy Hours (2,9%). Entre os benefícios que os funcionários gostariam de receber, 59,2% apontaram incentivos educacionais, 20,8% academias ou massagem, vale-combustível e benefícios que englobam a família, ambos com 4,8%, cartão multibenefícios (4%), auxílio home office (3,2%) e descontos em medicamentos/farmácias (2,4%).
"O ano de 2020 foi muito complicado para as empresas, mas também acelerou a transformação digital. Isso fez com que fossem implementadas novas formas de trabalho, de contratação e gestão de benefícios. Em 2021, já com um ambiente digital mais estruturado, as empresas conseguiram identificar suas concorrências e competitividade no setor, o que era preciso para se destacar e quais seriam as novas contratações para seguir escalando negócios apoiados em tecnologia. É a tecnologia que vai mover a economia do mundo, por isso, nos próximos meses, ultrapassaremos as 20 mil vagas no mercado digital nas cidades que mais empregam no Brasil", finaliza Junqueira.