Representantes do sistema financeiro e de órgãos públicos reforçaram nesta quinta-feira (24) a disposição para o combate a irregularidades no empréstimo consignado . Ao mesmo tempo, todos defenderam essa modalidade de crédito ao consumidor, porque tem as taxas de juros mais baixas hoje no mercado.
O tema foi tratado em audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, realizada a pedido do deputado Elias Vaz (PSB-GO). Entre outros pontos, ele quis explicações sobre o controle de dados pessoais dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
“Existem casos de recém-aposentados que nem sabiam que o processo no INSS já estava concluído e que receberam dinheiro de consignados nas contas, às vezes sendo informados da aposentadoria pelos bancos”, disse Elias Vaz, ao sugerir o debate. Ele relatou nesta manhã episódio ocorrido na própria família.
O Empréstimo Consignado é uma modalidade de empréstimo em que a pessoa autoriza que as parcelas do empréstimo sejam descontadas diretamente da sua folha de pagamento ou do benefício do INSS (aposentadoria ou Pensão por Morte).
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Segundo o presidente do INSS, Leonardo Rolim, não há indícios do vazamento de dados de segurados. Ele explicou que a autarquia adota medidas para evitar ataques cibernéticos, com apoio de especialistas, entre elas a dupla checagem para acesso dos usuários e o bloqueio nos sistemas de robôs não autorizados.
O diretor-executivo de Sustentabilidade, Cidadania Financeira, Relações com o Consumidor e Autorregulação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Amaury Oliva, também descartou qualquer hipótese de vazamento de dados de correntistas. “Não faz sentido nenhum em razão da concorrência”, afirmou.