Mosaico compra Vigia de Preço e anuncia lançamento de plataforma de cashback
Redação 1Bilhão Educação Financeira
Mosaico compra Vigia de Preço e anuncia lançamento de plataforma de cashback


Muitas empresas e bancos adotaram a ideia de realizar uma compra e ter parte do dinheiro de volta imediatamente, o  cashback (dinheiro de volta, em português). Trata-se do acúmulo deste crédito para compra de novos produtos ou acesso à serviços. Para o formador de educadores financeiros Arthur Lemos, porém, uma compra visando apenas o cashback é puramente emocional e negativa para suas próprias finanças .

“O cashback veio dos Estados Unidos e se popularizou no Brasil a partir de 2011, quando as lojas pagavam para anunciar no site de uma empresa os seus produtos, serviços, e a empresa devolvia parte do valor pago pelo cliente que fazia a compra. Sem dúvida nenhuma, esse programa de retorno de crédito é um recurso válido e importante tanto no lado das empresas, pela fidelização do cliente, aumento nas vendas e na visibilidade da loja, quanto para o consumidor, principalmente pela economia ”, explica. 


Segundo pesquisa da Nielsen Global, 51% dos participantes de programas de fidelidade globais dizem que descontos estão entre os benefícios mais valorizados, seguidos por recompensas monetárias na forma de reembolso ou devolução de dinheiro (45%), como o cashback.

Dependendo da empresa, o retorno por uma compra pode chegar a mais de 50%. Atualmente, Banco do Brasil, PicPay, Banco Neon e Ame são exemplos de instituições que contam com a ferramenta quando o assunto é pagamento. 

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Cashback empolga, mas precisa de cuidado


Antes de qualquer aquisição, estando ela envolvida com cashback ou não, é importante refletir se há uma necessidade real ou apenas um encantamento pelo cashback. 

No caso da necessidade, outros pontos evitam que o consumidor entre em um furada. Um deles, segundo Lemos, é avaliar a credibilidade da empresa oferecendo o cashback em sites de reclamações e avaliações de empresas. 

“Segundo, e tão importante quanto, é calcular e comparar quanto sai a compra no valor à vista, que geralmente inclui algum desconto, e a compra no cartão de crédito junto com a devolução. Muitas vezes, esse cálculo mostra que o desconto no pagamento à vista vale muito mais a pena, mas o contrário também acontece, obviamente”, avalia. 

O especialista explica ainda que qualquer compra baseada apenas no interesse de “receber o dinheiro de volta” representa um comportamento de consumo puramente emocional, o que é bastante negativo para suas finanças. 

“É crucial se questionar antes de qualquer compra para entender se existe mesmo uma necessidade envolvida no produto ou serviço, ou se a pessoa está gastando por impulso e pode deixar para um outro momento. Esse questionamento é muito importante para evitar um consumo maior em busca de uma recompensa, o que acaba se mostrando contraditório no final de contas, por não oferecer um benefício financeiro real”, instrui.

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