Para dar conta da crise hídrica e os impactos no consumo de energia, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque , descartou o risco de apagão no país e afirmou estudar medidas para enfrentar a seca, como importação de energia e o consumo fora do pico.
Em entrevista à Folha , o ministro disse que todas as possibilidades estão sendo consideradas. "Não podemos ser surpreendidos. Então, tudo está sendo considerado, inclusive deslocar o pico de demanda. Aí você dá muito mais segurança e consegue reduzir o custo [da energia]. Estamos conversando com os grandes consumidores e vamos trabalhar isso de forma transparente antes de tomarmos qualquer decisão”, disse ao jornal.
O fenômeno La Niña foi apontado pelo ministro como culpado pela crise hídrica. Bento disse que não tem como garntir que as chuvas cheguem até setembro para reabastecer os reservatórios das hidrelétricas. Cerca de 64% da energia do país é produzida nessas usinas e a meta é alcançar 48% na próxima década.